Thomas era um garoto que vivia perto de Londres e adorava ouvir as histórias de sua avó sobre o passado. Ela contava que, muitos séculos antes, a ilha era ocupada por povos como os celtas, até ser conquistada pelos romanos no ano 43 d.C. Depois da queda de Roma, vieram os anglos e saxões, que deram nome à terra: “Angle-land”, ou Inglaterra.
No século IX, os invasores vikings começaram a atacar, queimando aldeias e tomando terras. Foi então que o rei Alfredo, o Grande (871–899) defendeu seu povo e reorganizou o reino de Wessex, criando leis e construindo fortalezas. A avó de Thomas dizia que, graças a Alfredo, os ingleses não desapareceram diante dos guerreiros nórdicos.
Depois de Alfredo, seus descendentes continuaram a lutar pela unidade. No ano 927, o rei Athelstan, neto de Alfredo, conseguiu unir vários reinos saxões e é considerado o primeiro “Rei de toda a Inglaterra”. Thomas imaginava como deveria ser emocionante ver diferentes povos finalmente jurando fidelidade a um só rei.
No entanto, a paz não durou muito. No século XI, os vikings voltaram mais fortes e chegaram a dominar a Inglaterra. O rei Canuto, o Grande, da Dinamarca, reinou entre 1016 e 1035, formando um império do mar do Norte. A avó explicava que essa mistura de povos deixou marcas profundas na língua e na cultura inglesa.
A virada aconteceu em 1066, com a famosa Batalha de Hastings. O duque Guilherme, o Conquistador, vindo da Normandia (França), derrotou o rei Harold II e se tornou o novo rei da Inglaterra. Ele trouxe costumes franceses, fortaleceu o poder real e mandou fazer o Domesday Book, um grande registro de terras e riquezas.
Os descendentes de Guilherme continuaram a consolidar o reino. Em 1154, começou a dinastia Plantageneta com Henrique II, que organizou a justiça real. Foi também nesse tempo que os reis passaram a enfrentar a nobreza, que queria limitar o poder da Coroa. Para Thomas, era curioso pensar que até reis tinham que negociar com seus senhores.
Em 1215, o rei João Sem Terra foi obrigado pelos barões a assinar a Magna Carta, que estabeleceu que o rei não podia governar sem respeitar certas leis. Esse documento se tornaria um dos símbolos da liberdade inglesa. A avó dizia que, naquele momento, a Inglaterra estava aprendendo a ser governada não só pela vontade de um rei, mas também por acordos com seu povo.
Com o passar dos séculos, a Inglaterra se firmou como um reino unificado e forte. A história de Alfredo, Athelstan, Guilherme e João Sem Terra mostrava que a unidade nasceu de lutas, conquistas e negociações. Thomas ouvia tudo com atenção e pensava: “Se a Inglaterra é tão poderosa hoje, é porque seus reis e seu povo aprenderam a se unir no momento certo”.
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