sexta-feira, 29 de agosto de 2025

A história de Hugo e a formação da França

Hugo era um garoto curioso que vivia em uma pequena aldeia perto de Paris. Seu avô adorava contar histórias antigas, principalmente sobre como a França nasceu. Ele dizia que tudo começou quando os Francos, um povo germânico, se estabeleceram na região no século V. Foi então que o jovem rei Clóvis I unificou as tribos francas e, em 496, se converteu ao cristianismo, recebendo apoio da Igreja.

O avô de Hugo explicava que essa escolha de Clóvis I foi decisiva. Ao se aproximar da Igreja Católica, o rei ganhou legitimidade e aliados poderosos. Assim, o reino dos Francos cresceu e se fortaleceu. Paris começou a se tornar um centro importante, e a fé cristã uniu povos diferentes sob uma mesma identidade. Hugo imaginava as batalhas que seu avô descrevia, com bandeiras tremulando e guerreiros a cavalo.

Com o tempo, os descendentes de Clóvis perderam força. Foi aí que surgiu Carlos Martel, no século VIII. Ele ficou famoso ao vencer os muçulmanos na Batalha de Poitiers, em 732. Seu neto, Carlos Magno, transformou o reino em um grande império, coroado em 800 pelo Papa como “Imperador do Ocidente”. Hugo gostava de imaginar Carlos Magno como um cavaleiro justo, que protegia escolas, igrejas e incentivava o conhecimento.

Depois da morte de Carlos Magno, seus netos dividiram o império em 843, com o Tratado de Verdun. A parte ocidental desse território deu origem ao que viria a ser a França. Mas a unidade ainda estava longe de acontecer. O país sofria com invasões de vikings e brigas entre nobres. Hugo pensava em como deveria ser difícil viver numa época em que castelos e aldeias podiam ser atacados de surpresa.

Foi no ano de 987 que tudo mudou. O duque Hugo Capeto foi escolhido como rei, dando início à dinastia capetíngia. Aos poucos, seus descendentes ampliaram o poder real, controlando mais terras e diminuindo a força dos senhores feudais. A família de Hugo adorava contar como os reis dessa dinastia souberam ter paciência, expandindo seus domínios pouco a pouco, geração após geração.

Entre esses reis, o avô sempre destacava Felipe II Augusto (1180–1223), que derrotou os ingleses e recuperou terras importantes. Mais tarde, Luís IX, conhecido como São Luís, governou entre 1226 e 1270 e ficou famoso por sua justiça e religiosidade. Para Hugo, parecia que a França ia sendo costurada como um grande tecido, com cada rei colocando um pedaço no lugar.

Já no século XIV, a França enfrentou a Guerra dos Cem Anos contra a Inglaterra (1337–1453). Nesse período, surgiu a figura de Joana d’Arc, uma camponesa que, inspirada pela fé, liderou tropas francesas e ajudou na coroação de Carlos VII. Hugo se encantava com essa parte da história, pois mostrava que até pessoas simples poderiam mudar o destino de um país.

Com a vitória na Guerra dos Cem Anos, a França saiu fortalecida e mais unida. As terras estavam consolidadas, e o poder do rei se firmava. O avô de Hugo sempre concluía: “Foi com coragem, fé e persistência de reis, nobres e até camponeses como Joana d’Arc que a França se tornou o que conhecemos hoje”. O menino ouvia essas histórias com brilho nos olhos, sonhando um dia visitar os castelos onde tudo aconteceu.

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